Estabelecimentos Assistenciais à Saúde (EAS) no pós-pandemia: entenda as transformações nos setores e ambientes de saúde.

Arquitetura EAS: Muito se tem discutido e estudado como serão e como ficarão as atividades, ambientes e o cotidiano dos estabelecimentos de saúde no pós-pandemia.

E para entender as possíveis consequências e mudanças é necessário voltar um pouco e contextualizar esse evento tão impactante para toda a humanidade que é a pandemia da COVID-19.

A OMS obteve sinal de alerta em 31 de dezembro de 2019 sobre casos de pneumonia em uma província localizada na China, e após pesquisas foi descoberto que esta pneumonia era ocasionada por um novo tipo de coronavírus, sendo ele sem identificação até aquele momento em humanos.

E desde então começaram as diversas pesquisas, estudos, determinação de medidas para conter o contágio, isolamento social, corrida pelo desenvolvimento da vacina, as campanhas de vacinação, dentre outras medidas tomadas por todos os países do mundo.

Através da mídia tivemos acesso a muitas informações, dentre elas o colapso do sistema de saúde em diversos países. Uma grande crise sanitária que trouxe luz a um assunto tão importante e de necessidade básica que é o atendimento à saúde.

Se você se interessou pelo assunto, fica com a gente
nesse artigo sobre arquitetura e EAS e saiba um pouco mais sobre:

 


As principais mudanças no
atendimento às pessoas

Como então a pandemia impactou e acelerou as mudanças nos EAS quanto ao atendimento?
Um dos primeiros pontos a destacar, é o atendimento via telemedicina.

Antes mesmo da pandemia já existia o movimento por parte dos EAS na estruturação do atendimento via tele consulta. A pandemia, portanto, trouxe a necessidade de aceleração desse processo.

Em função do grande risco de contágio e a recomendação de se procurar o atendimento presencial somente quando houvesse agravamento de sintomas ocasionou uma expansão do atendimento médico por tele consulta incluindo novas especialidades que até então não faziam parte do rol desse tipo de atendimento.

Um grande exemplo disso é a área da saúde mental que teve procura elevada desde o início da pandemia, devido a todas as consequências psicológicas oriundas do evento.

Uma outra demanda surgida na pandemia foi a importância e urgência de se implantar um atendimento humanizado.

Apesar da situação crítica e do caos que foi possível assistir em muitos momentos, também não faltaram bons exemplos de atendimento humanizado como o que foi publicado no site do Governo do Estado do Sergipe, por exemplo, que tratou da importância da relação pessoal entre profissionais da saúde, pacientes e familiares, citando como eram tratadas as altas e recuperações, sempre com muita festividade, alegria e compartilhando como conquista dos pacientes e profissionais da saúde.

Para viabilizar o atendimento humanizado, é de suma importância contar com um espaço físico adequado, seguro e confortável para todos os usuários. E é sobre esse tema que vamos tratar nos próximo tópicos. Continue com a gente!

 

A adequação dos espaços físicos

Em se tratando de espaço físico, muitos hospitais de campanha foram construídos, e os já existentes foram ampliados com a criação de anexos, provisórios ou definitivos.

O mundo e a área da saúde em si não estavam preparados para a chegada de uma pandemia. Diversos hospitais precisaram ser fechados para especialidades para realizar atendimentos e internações apenas para pessoas que estavam acometidas com o vírus.

Estabelecimentos EAS

Tabela – Situação Nacional de Leitos de UTI por Região Ministério da Saúde. Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br

 

Conforme matéria realizada na CNN Brasil, entre o período de fevereiro de 2020 e janeiro de 2021, foram abertos 21.401 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UIT) no Brasil, contemplando hospitais públicos e privados.

Diversos hospitais realizaram obras de emergência para multiplicar o número de leitos nas UTIs, precisaram ampliar as áreas de apoio, áreas de depósito para estocar novos materiais e equipamentos, e semana após semana conforme novas informações chegavam, era necessário realizar adequações e ajustes para atender o máximo de pessoas em um curto período para que fosse possível dar a oportunidade de tratamento a todos.

No entanto, muitos hospitais e EAS não conseguiram expandir ou fazer mudanças por falta de verbas e também de espaço físico.

Em função disso, já está em pauta o estudo de leis e normativas que possam estabelecer a obrigatoriedade, para novos estabelecimentos de saúde a serem construídos, do planejamento para ampliação das instalações em casos de epidemia e pandemia, para que seja feito o atendimento de urgência e realização dos tratamentos necessários.

Veja a seguir alguns hospitais que passaram por reestruturação a fim de atender a alta demanda na pandemia.

 

Arquitetura EAS Alguns exemplos de reestruturação

Os Hospitais das Clínicas (capital e interior) foram eleitos como hospitais referências para o tratamento de casos de coronavírus. Alguns deles, como o Hospital de Ribeirão Preto, precisou passar por uma breve reestruturação interna para atender a todos os casos da região, com isso, o hospital realizou ampliação no quadro de leitos de UTI, e como consequência reorganizou a questão de fluxos de pacientes, materiais / insumos e áreas de apoio.

Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto Governo do Estado de São Paulo. Fonte: https://www.saopaulo.sp.gov.br

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Hospital Municipal Vila Santa Catarina Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. Fonte: https://www.einstein.br

Outro caso bastante interessante é o do Hospital Vila Nova Santa Catarina, um hospital público que é administrado pela Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein, especializado na área da Oncologia e serviços de diagnósticos e terapia, bem como laboratórios clínicos.

Nele foram abertos espaços apara receber pessoas acometidas com o coronavírus e em paralelo foi implantado um anexo de tenda para ampliação dos leitos de internação e atendimento aos pacientes que estavam excedentes ao número de leitos existentes no complexo hospitalar.

Assim que o número de pacientes diminuiu, a área acrescida ficou sendo utilizada por um tempo como ambulatório com consultório para oncologia, depois foi virou um espaço de refeitório para os colaborados e em seguida foi desmontado.

Atualmente, o hospital está passando por uma grande ampliação e reestruturação na área de ambulatório, leitos de internação, espaços de diagnóstico e terapia, entre outros.

O Hospital M’Boi Mirim é outro estudo de caso que vale a pena citar pois recebeu um novo anexo em parceria com o Brasil ao Cubo, para ampliação nos leitos de UTI.

 

Imagem de Novo Anexo do Brasil ao Cubo – Hospital M’Boi Mirim. Centro de Direitos Humanos e Educação Popular de Campo Limpo (CDHEP). Fonte: https://cdhep.org.br

 

Foram criados 100 novos leitos para pacientes que obtiveram a confirmação da doença ou que estavam com suspeita, tornando o hospital o maior no enfrentamento da Covid-19 com um total de 514 leitos específicos sendo 234 de UTI.

Uma curiosidade referente a essa ampliação é que levou apenas 36 dias para montagem, ajustes e funcionamento do novo anexo. Atualmente ele está sendo utilizado para internações cirúrgicas.

Uma curiosidade referente a essa ampliação é que levou apenas 36 dias para montagem, ajustes e funcionamento do novo anexo. Atualmente ele está sendo utilizado para internações cirúrgicas.

O papel da arquitetura na reestruturação dos EAS

Toda essa experiência vivida por nós na pandemia trouxe muitos aprendizados. Para o setor da saúde, especificamente, trouxe a clareza sobre a importância da estrutura física de atendimento.

E principalmente trouxe a atenção à necessidade de planejamento para qualquer reestruturação a ser realizada. E esse plano deve considerar, além do atendimento primordial, a segurança e conforto dos pacientes, seguindo todas as normas e legislações aplicáveis.

A arquitetura tem um papel importante nesse planejamento.

Tudo se inicia na necessidade de adequação ou ampliação dos espaços e até chegar à licença para funcionamento da atividade, algumas etapas devem ser consideradas:

A Forma tem uma equipe dedicada e especialista no segmento da saúde.

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